domingo, 25 de julho de 2010


Preto no branco...

Então foi assim, uma empresa e a possibilidade de encontros. Aline, Bia e Magdalena. Uma Gaúcha, uma Catarina e uma Nova Yorkina (tbm indiana), uma publicitária, uma psicóloga e uma cosmopolita; que se colocaram disponíveis uma pra outra assim, naturalmente.

O que elas tem em comum? Haha, a mistura, elas são crespinhas, negrinhas, mulatas, indianas, daquele tom marrom, chocolate, como queira chamar. Essa é a aparência, o que mais elas tem em comum? Além do orgulho do tom de pele. Sim, porque na sociedade onde se vive, afrodescendentes, mestiços e misturados precisaram aprender a ter orgulho de algo que não deveria ser posto em discussão. Mas já que raça ainda pode ser questão de formas de se comportar então elas tem orgulho da raça que as explica, até que um dia orgulho do tom de pele não será mais necessário porque a quantidade de melanina no organismo não será mais questionada. Mas elas tem muito mais coisas em comum, elas tem vontade de mudança, piadas na ponta da língua, silêncios bons, um tom de cinismo e AMIZADE...

O tempo e as circunstâncias as separaram do espaço comum. No entanto é certo que a mudança de espaço mais aproxima do que distancia. Como diz a frase que Magdalena gosta de postar:” A distância diminui as pequenas paixões e aumenta as grandes paixões, da mesma forma que a brisa apaga uma vela e atiça uma fogueira”.
E porque é de verdade, paixão verdadeira, elas resolveram concretizar isso num blog. Um blog pra tornar tudo claro, ou escuro. A brincadeira com a descendência e o tom de pele é só o humor em cima da historia do preconceito, naturalmente uma forma mais velada e divertida de protesto e de combate a QUALQUER tipo de discriminação, já que na grande maioria das vezes elas são muito bem recebidas pelo mundo. Não há o que reclamar do que a vida tem feito por essas mulheres.

Mas o blog, é pra brincar com as palavras, pra brincar com os fatos, pra falar dos momentos em que são lançadas, retiradas, convidadas a se despedir dos lugares por uma diversidade de motivos. Pra falar dos momentos em que são bem vindas, queridas, convidadas pelos mesmos diversos motivos. Pra postar frases, imagens e sensações, compartilhar a experiência da distância uma da outra, que agora se acentua com a partida da Mag pro Rio.

Pra manter o tom de humor e pra compartilhar com os amigos, esses queridos que adoram e com quem mais quiser acompanhar.

sábado, 24 de julho de 2010

Os OPOSTOS se ATRAEM e os IGUAIS se UNEM

Os opostos se atraem, mas não se entendem

É voz corrente, que nos relacionamentos afetivos, os opostos se atraem. Diante do fato, a gente se posiciona de forma curiosa: como sempre ouvimos falar disso, consideramos a afirmação absolutamente verdadeira. Não duvidar de sua lógica parece nos conduzir a um “porto seguro” e acabamos acreditando que o fenômeno é inevitável.

Por acaso alguém já se questionou a respeito? Afinal de contas por que os opostos se atraem? Trata-se de uma fatalidade, de uma lei da natureza que nos leva a bons resultados? Acho muito importante assumir uma atitude crítica e de reflexão em torno dos problemas do amor, pois é a emoção que mais dor e sofrimento nos tem causado. São raras as pessoas realmente felizes e realizadas nessa área. Devem existir muitos erros e ignorância em relação ao amor. Aliás, é só de algumas décadas para cá que os profissionais de psicologia – e, ainda hoje, poucos entre eles – começaram a se interessar pelo assunto, até então reservado aos poetas.

Gostaria de externar de modo categórico a minha opinião, fundamentada em mais de 26 anos de experiência como psicoterapeuta: os opostos se atraem, mas nem por isso combinam bem. O resultado desse tipo de união não é obrigatoriamente um sucesso. Pessoas muito diferentes vivem brigando e se irritando uma com as outras. Temperamentos e gostos antagônicos dificultam a vida em comum. Durante o período de namoro, os obstáculos existem, mas não são tão importantes, uma vez que são raras as coisas práticas compartilhadas. Após o casamento, porém, as divergências infernizam o cotidiano. Como encaminhar a educação dos filhos se os pontos de vista são tão diferentes? Como planejar a economia doméstica, a ordem dentro de casa, as viagens de férias?

Na prática, ocorre o seguinte: os opostos se atraem, mas na rotina da vida em comum as contradições se acirram. Começa então a tarefa de cada um tentar modificar o outro. O marido quer moldar a mulher de acordo com o seu modo de ser; a mulher deseja que o marido a compreenda e se aproxime dos seus pontos de vista. Será que isso é possível? Não deveriam diminuir as diferenças com o convívio? Deveriam, mas não diminuem, talvez por causa do medo de ver o encantamento amoroso desaparecer. Sim, porque afinal de contas os namorados se sentiram atraídos exatamente por serem pólos opostos. Se ficarem parecidos, não acabará o amor? Os casais convivem por anos, sempre se desentendendo, sempre procurando fazer do outro um semelhante e só conseguem agravar as diferenças e piorar as brigas.

Não deixa de ser ironia que a gente se sinta fascinado por pessoas com as quais não teremos um bom convívio. Esse fenômeno é responsável por um enorme número de uniões infelizes e que, hoje, acabam em divórcio. Cabe indagar: a atração por opostos é inevitável? Acho que não, apesar de ser muito comum, especialmente na adolescência. Considero fundamental entendermos as razões que levam a esse tipo de encantamento. Conhecendo-as, poderemos evitar o erro e nossas chances de sucesso no amor aumentarão bastante.

A principal causa do magnetismo entre opostos é, sem dúvida alguma, a falta ou diminuição da auto-estima. Quando não estou satisfeita com o meu modo de ser, procurarei alguém que seja completamente diverso. Se eu for introvertido e tímido, a tendência será me apaixonar por uma pessoa extrovertida e sem inibição. Com o tempo, o que suscitava minha admiração e era uma “qualidade” se tornará fonte de irritação, mas no início ficarei encantado. Ao “ter” o outro, “tenho” a extroversão que me faltava. Sinto-me mais completo. Tudo muito lógico na teoria. Na prática, as diferenças nos desagradam, dificultam nossas vidas, criam barreiras e resistências cada vez maiores. Elas são responsáveis pelos atritos constantes e pelas brigas “normais” entre marido e mulher. Será que são mesmo normais?

Autor: Flávio Gikovate

Depois destas sabias palavras só nos resta a humilde conclusão: As amizades duram + que os casamentos porque os Os OPOSTOS se ATRAEM e os IGUAIS se UNEM, rs!